sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O PAPEL SOCIAL DA ESCOLA E O MÉTODO PAULO FREIRE


A escola deve ser um lugar privilegiado, onde as crianças e os jovens possam desenvolver as suas habilidades, fazer suas descobertas e conhecer as suas formas de lidar com o mundo. Eles ainda podem construir nela como ser sujeito e como ser relação. Para a escola realizar de forma correta sua função, é necessário considerar as práticas da sociedade sejam elas de natureza econômica, política, social, cultural ética ou moral. Por isso é fundamental conhecer as expectativas da comunidade, das necessidades, formas de sobrevivência, valores, costumes, manifestações culturais e artísticas. A escola é um local que visa à inserção do cidadão na sociedade, através da interelação pessoal e da capacitação para atuar no grupo que convive. A ajuda que se recebe da escola, através do professor é fruto das “qualidades pessoais, as características de seus alunos, as especificidades de sua disciplina e os recursos disponíveis na escola.

Em relação a isso, Paulo Freire sublinhou a necessidade de que o educador conhecesse profundamente sua realidade e a de seus educandos, admitindo que “os outros” estão, como ele, condicionados pela realidade dialeticamente permanente e mutável. O educador comprometido com a mudança se interessa em compreender a própria percepção que o educando tem de sua realidade, ainda que condicionada pela estrutura social em que se encontra. A educação reflexiva não está voltada à adaptação, mas à transformação. Por isso, criticou efusivamente o modelo pedagógico da educação

bancária onde o estudante é “aluno”, um mero depositário dos conteúdos programáticos definidos pelo professor como os mais importantes.

Para Paulo Freire, cidadão significa "indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado" e cidadania "tem que ver com a condição de cidadão, quer dizer, com o uso dos direitos e o direito de ter deveres de cidadão". É assim que ele entende "a alfabetização como formação da cidadania" e como "formadora da cidadania". (FREIRE, Paulo. Política e Educação, Cortez, 1993.) A práxis freiriana trata a educação para além da sala de aula, relaciona-se a todo um contexto de opressão social e ausência de democracia.

Com isso, Freire destaca que os alunos quando chegam na escola também tem o que dizer e não apenas o que escutar, por isso a importância de se considera as expectativas daquela sociedade para assim ocorre um exercício de democracia participativa onde ocorrerá uma democratização da sociedade e assim a escola cumprirá a sua função social de formar cidadãos que estejam realmente comprometidos com a sua sociedade.

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